quinta-feira, 28 de julho de 2011

Foi assim:

O toque macio de grão por grão, como se o mundo me acarinhasse. A pele. Envolvendo um corpo estendido na areia. Como se o vento fizesse cafuné nos meus cabelos, cantando baixinho que eu ainda não morri. E eu jurei que lutaria com todas as armas: assim, uma esperança absolutamente inédita explodindo de dentro para fora, calafrios, tremeliques, danças na pausa que se fez, dentro de um abraço de concha e areia. E então: desejei. Como nunca antes. Desejei ser muito, muito, muito feliz. Com essa simplicidade toda. Desejei ser feliz e imensa. Desejei ser plena. O gozo, o gosto bom de ser livre. Muito livre e muito plena. Era isso, Deus - ou os orixás, Iemanjá, o Divino, Zeus, Amon-Rá, todas as entidades realmente poderosas desse cosmo ou dessa alma que escreve - me entregando em cada grão de areia um motivo para. Um mol de motivos para. E eu fui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Só duas palavras: simplicidade; Feliz.

Isso diz algo absurdamente grande.

Até.