quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Sobre as fotos;

Andei olhando as fotos. Todas as minhas fotos.
Incrível como elas conseguem imortalizar apenas um segundo de nossas vidas,
e ao mesmo tempo guardam tantas lembranças!
Olhei aquela em que eu abraçava aquela minha amiga, e chorava tanto!
E me lembrei das sensações daquele momento...
Do choro, do abraço, dos contextos,
da cortina amarela que se fechava.
Ou aquela em que eu estava pulando numa piscina.
Digo, não pulando, mas tinha um pé no chão e o outro já estava voando...
Como congelar um segundo tão único?
No próximo, eu estaria pulando, e depois, estaria molhada dentro da piscina...
Provavelmente gritando sobre como a água estava gelada.
As fotos são coisas curiosas...

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Not again : /

Justo quando o que ela sentia por ele
Se dissipava, se desfazia,
Ela se percebeu sorrindo enquanto conversava com ele.
Sorrindo como quando conversava com ele, antigamente!!
Mas agora o susto:
o ele não era mais o mesmo!

Tudo era igual:
Conversavam por horas,
sobre todo tipo de aleatóriedade.
E ela, sorrindo de lado.,
pra que ninguém percebesse a satisfação.

Pronto,
tudo de novo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Enfim, livre.

Bebeu daquela água doce
que é a alegria da solidão.
Sentou-se à beira da pedra branca
esculpida no topo da montanha mais alta
Deixou o vento bater-lhe no rosto.
Os cabelos voavam, esvoaçavam, e da ponta de cada fio
caía uma lágrima de orvalho.
E em cada lágrima de orvalho,
escorria um pensamento nele.

Quando se levantou da pedra branca,
Esculpida no quintal do Imaginário,
Sentia-se mais leve,
E a pedra que era branca
Agora tingia-se de escarlate
das lágrimas dos pensamentos nele.

Pois ela chutou a pedrinha escarlate,
que rolou ribanceira abaixo.
Ora! Era só um morrinho!

E voou feito pomba,
pardal, macieira,
rumo a um único destino:
liberdade!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Eu sou do tamanho que sou,
nem maior, nem menor.
Eu sou do tamanho que você me vê,
nem maior, nem menor.

Portanto, não me diminua.
Pois isso eu não suporto.
O que eu penso, digo e faço
é sim válido.
E eu sou pra ser levada a sério,
não sou piada ambulante,
não sou palhaço
e não estou aqui só pra você dar risada.

Mas por outro lado
(pelo amor de deus!)
não me aumente,
não me vista de ouro e não me ponha num pedestal.
Pois não sou deus, não sou rainha.
Não me encha de expectativas,
eu vou te decepcionar.
Não quero te decepcionar.
Não vou fingir que sou quem não sou,
e saiba que se me endeusar,
podes desistir de mim,
não vamos funcionar.
E saiba!,
Não mereço pedestal.
Não mereço auréola.
Não mereço templo, nem santuário, nem igrejinha, nem capela.

Entenda que sou isso que você vê.
Nem mais, nem menos.