terça-feira, 16 de setembro de 2008

E o tempo?

"Quanto tempo será que demora
Um mês pra passar
A vida inteira de um inseto
Um embrião pra virar feto
A folha do calendário
O trabalho pra ganhar um salário
Ser campeão da copa do mundo
Um dia em Saturno
Pra criança que não sabe contar vai levar um tempão
Daqui a um mês quando você voltar
A lua vai estar cheia
E no mesmo lugar"

(Biquini Cavadão - Quanto tempo demora um mês)


E um ano? Quanto tempo demora um ano inteiro?
Hoje, depois de um ano inteiro de vida, me vejo e decepciono-me. Mesmo após tanto tempo desde aquela noite, mesmo após tantas reviravoltas, tantos dias diferentes...
Sou igual, completamente igual ao que era na época! Em vários aspectos, não, eu cresci, aprendi mais um pouquinho a jogar nessa vida, conheci outras pessoas, enchergo algumas coisas de modo diferente...
Agora, quanto a você, tenho que admitir que eu não mudei. Sou a mesma pessoa, mesmíssima, te vejo com os mesmos olhos, com o mesmo friozinho na barriga, batendo os dentes como sempre... Espero você chegar e se aproximar, como fazia antes. Sinto tua presença como um calor irrompendo aqui dentro, como antes. Olho para você com vontade de chegar mais perto, como antes.
Nossa relação teve algumas mudanças, eu sei, nós até aprendemos a telepatia! Até aprendemos a nos sentir bem um com o outro...
Mas de resto, continuo te olhando com o olhar apaixonado, e você, me olhando com o olhar de um amigo, um grande amigo. E só;

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mais uma vez;

Hoje você segurou minhas mãos e disse que tudo ficaria bem, afinal o dia sempre acaba e só o que continua aqui somos nós e uma possível lembrança de um ontem pouco feliz...
E foi só quando você (você, e apesar de todo mundo ter dito o mesmo, da sua boca pareceu tão mais real, tão mais composto pra mim...) me disse isso que eu consegui aceitar minhas bobagens todas e olhar pro mundo com meus olhos de sempre.
Agora você me domina completamente e sabe disso, você sabe sempre.
Querido, entenda que você resume muitas das coisas que eu não posso entender. Você está sempre lá quando eu penso em alguém. Você me ganhou na fofura...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

E quando eu te encontrar de novo, sei que vou fugir. Sei que vou procurar qualquer nuvem ao meu alcance pra me perder do teu olhar. Vou rodar o quarteirão ao contrário, você não vai conseguir nem me ver. Nem me sofrer de novo.
E enquanto eu puder, vou encontrar outro jeito de viver: sem você. Sem jamais te tocar. Queria te deixar de sobreaviso, apesar de saber que você nem se importa muito. Apesar de saber que por você, tanto faz.
Se um dia eu conseguir esquecer o que você representa pra mim, talvez possa dissipar minhas nuvens e caminhar o quarteirão no sentido certo novamente. Então nos cruzaremos e quase não saberemos quem você é, quem eu sou. Talvez possamos nos conhecer de novo, nos apresentar um ao outro como se jamais tivéssemos estado juntos.
Até lá, não procure por mim. Não olhe pra porta esperando que eu entre e te abrace. Eu sei, você não se importa, mas não espero nada. Esqueça de mim.



--

A: Não sei, elas insistem em cair...
B: Quem? Como cair?
A: Minhas lágrimas. Agem sozinhas, caindo como se tivessem ficado maduras demais...
B: Posso te abraçar e limpá-las pra você?
A: Pode tentar, mas não vai conseguir estancar o choro. Mas agradeço!
B: É melhor tentar, se não fizesse nem isso, me sentiria culpado demais.
A: Mas você é o culpado.
B: Do quê?
A: Delas estarem caindo desse jeito.
B: Não entendi...
A: Choro por sua culpa, só sua. Sua culpa.