domingo, 10 de julho de 2011

and i love you so much, i'm gonna let you kill me

o plano é te arrancar da minha vida aos pouquinhos: como quem esfrega desenfreadamente a pele a fim de se livrar de uma tatuagem. Uma foto que retirei do mural (mais uma vez), achando que retirar fotos de um mural seria suficiente para me livrar de um parasita que há muito se escondeu entre os meus cabelos, n'algum canto escondido da pele, e me tem atormentado os pensamentos, as noites insanas de insônia etc etc etc. Como se não me permitir ler tuas palavras fosse o passo decisivo pra não mais ser atingida; mas sou atingida pelos pensamentos teus, tão perto que sou capaz de sentir tua presença e seguir teus passos. Sem anestesias, com facas pontiagudas corto minha pele, como se uma sangria fosse capaz de estancar o veneno que é bombeado não apenas para os órgãos, tecidos, células etc etc etc mas para mais dentro, mais, mais... tão dentro que às vezes creio que o que me ocorre é morte múltipla, parada cardíaco-cerebral-almática entre outras coisas... então finjo que não e ainda sorrio enquanto rasgo, queimo, quebro, rabisco, escrevo palavras e palavras cheias de raiva, rancor, mágoa...

inócuo.