sábado, 2 de julho de 2011

(...)

ando com uma latência, uma voz que fica me dizendo 'chora. chora. chora!' mas eu não choro. quase não choro. ando com essa coisa me apertando por todos os lados, como quem estrangula e retira o ar e sulfuriza o ambiente e aperta bem na boca do estômago bem ali no plexo solar sabe? ando segurando as pontas malemale, me dizendo 'você é uma força. você é.' mas não sou não sou não sou eu sou um bicho fraco que se construiu como templo, mas não sou não sou. ando com essa coisa, essa coisa amorfa e maldita me agarrando bem no meio da garganta dizendo que a esperança é uma farsa e me dizendo que eu já sabia que seria assim eu já sabia mas não quis aceitar. ando com essa potência, uma coisa que fica me dizendo 'grita. grita. grita!' mas eu não grito.

Um comentário:

Ingrid Urbano disse...

ADOREI...resume bem minhas sensações hoje!...