quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Ode ao amigo, comigo

Não sei me definir
Mas vou poder dizer
ou agradecer a quem me quer bem
Porque em cada olho meu brilha uma Olívia
E em qualquer hora mora Bruna
Graziela é minha rima rica
As palavras do vocabulário são Thaís
Num silêncio cúmplice sou Clarissa
Se sou infinitamente companheira, tenho João Pedro sempre
Quando canto queria ser Natalia
No meu desejo pela felicidade também.
Só Caio numa cruzada
E um sorriso de Ana me encanta
Se posso ser sarcástica e fofa ao mesmo tempo
encontro Carolina
Posso ser engraçada - mas sempre muito mais que isso!
Então tenho meu Gabriel, mistério e cativo
Ou mais Gabriel, quando assumo minha esquisitisse e fofura
ímpares
Quando a presença de espírito me visita
me vejo Victor ou Beatriz
No melhor abraço do mundo sou eu, mas sou Tadeu
Num 'olá' simpático sou Luis
Nas poucas vezes que me vejo bonita
Gabriela vem ao espelho
E posso ser tudo isso, tudo e mais um pouco
Porque tenho vocês e os levo comigo para todo lugar
(E vocês também me têm, infinitamente)





Inspirado no (como sempre) maravilhoso texto da Meire, do http://de-fora.blogspot.com/!
:)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Fita de Cetim ou Capitão Ausência

Queria embrulhar o mundo para presente: dessa vez, era amor de verdade! Ela sabia que o era e queria dar todo o seu mundo por tal grandioso amor. Comprou metros e metros de cetim de várias cores para enfeitar uma vida enfeitada. O cetim acabava, mas jamais o amor, então voltava ao armarinho para comprar mais.
Mas seu amado se fazia o próprio Capitão Ausência, saía e na volta a entregava algumas migalhas de seu carinho. Saía e por vezes não voltava, apesar de se manter sempre perto o suficiente para aquecê-la e se aquecer de todo seu sentimento. E o cetim continuava sendo comprado, até o dia em que, debulhada em lágrimas, percebeu quão sozinha estava com seu amor e tanta fita comprada no atacado. Ninguém ao seu lado.
O cetim não acabava, mas lá embaixo estava sepultado seu amor infeliz.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sobre o beijo

O beijo ocorre quando
duas almas resolvem
brincar
de pega-pega.

Metalinguagem

A poesia
escorre
dentro de mim

Sobre o bolso

Havia tanto pano sobrando
que se decidiu:
De hoje em diante esses fiapos serão porta-ar
E assim foi.

Sobre a música

A música começou a existir
a partir do momento
em que alguém percebeu
a delicadeza do barulho da chuva batendo na porta.

Sobre o fim

O ciclo
acaba.

Sobre a morte

Só assusta pelo nome

Porque, afinal, é um toque de Deus

tanto quando no nascimento.

Sobre o violão

Me guarda tantos segredos
quanto o seu próprio silêncio.
E, de uma vida por todas,
PRECISO te decifrar.

Sobre o lençol

É o limiar
entre o que eu era antes de me deitar
e agora.

Sobre o fim de um ano

Dura apenas um segundo
porque no próximo
- surpresa!
já é "Sobre o começo de um ano"

Sobre o mundo

Curioso:
ele é mais confuso que eu...
Aqui dentro há pouco a se aproveitar
Eu tenho certeza de que, mesmo se você remexer bastante
Não encontrara nada que te apetece
Portanto, vamos abrir mão de tanta procura um pelo outro:
Você vai se arrepender depois, eu sei.
E eu estarei mais vazia,
ou mais satisfeita
- leia-se farta!
de tanta frustração

É claro: nós poderíamos tentar!
Talvez você descobrisse que gosta de remexer
e encontrar mais solidão.
E talvez dessa vez dessa vez eu encontre alguma alegria em dividir
um pedaço do meu nada com alguém.

Mas como sei que não vai dar certo, te peço:
por favor, vá embora. Encontre alguém que lhe valha a pena.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Resoluções de Ano(s) Novo(s)

É claro que daqui pro fim desse ano eu não vou conseguir fazer tudo isso, mas são as mudanças que vejo necessárias em mim para toda a vida, então, a minha lista vale até para sempre. Ou até eu mudar de idéia.

Aprender: a dar sem esperar receber de volta; lidar com a decepção; lidar com o futuro e, principalmente, com o passado; desapego; amar sem medo; dor; aceitar o corpo, ou não aceitar e fazer algo para mudá-lo; fazer algo para mudar; olhar, simplesmente; sorrir para todos; conviver com a tristeza sempre apregoada à existência; não aceitar a tristeza apregoada à existência; tomar sol sem me queimar; poesia; ser humilde nos desejos; me desligar de tudo, de vez em quando; escrever com algum valor literário; admitir as minhas fraquezas; parar de procurar um Amor; melhorar a vida de alguém; dar valor ao que eu tenho; assumir a culpa; assumir alguma responsabilidade; crescer; organização; dizer "eu te amo" para quem realmente amo, e somente para essas pessoas; não cutucar feridas; não fazer coisas que me façam sofrer gratuitamente; procurar, nesse turbilhão, o que represento; desaprender a fazer essas listas de fim de ano.