domingo, 25 de julho de 2010

Hilda,

Eu sou a garota que finge. Sou a garota que foge porque dói.
Vou lhe parecer feliz, mas estou estraçalhada.
Minha garganta estrangulada pela poluição, pelas incessantes mãos que teimam em abraçar, matando-me aos poucos, mas estarei cantando - talvez até digam que sou afinada,
porém tenho a alma da guitarra quebrada pelo rockstar:
saudosa e para sempre em pedaços.
Eu sou, Hilda, a mulher que espera, que anseia
dissimulando a incompletude ao assumir atemporal
que eu me basto,
quando tudo me falta.

2 comentários:

Hilda disse...

o que tanto dói, querida?

Criar disse...

Poema em linha reta - Álvaro de campos

O que nos cansam são as máscaras.