terça-feira, 27 de julho de 2010

Cena a dois, para ser encenada em silêncio num.2

(Fim de tarde, beira de um rio. Joaquim e Lorena assistem o ocaso)

LORENA - Olha que lindo, Quim! Hoje eles capricharam no espetáculo! Me parece que as cores no céu querem dançar, estão mais vivas que nós!
JOAQUIM - Nem me fale! Ainda bem que nos permitimos fugir para cá hoje, tiramos a sorte grande de presenciar este pequeno milagre, talvez o pôr-do-sol mais bonito da minha vida!
LORENA - Quim, o que será que define quando acontece algo majestoso como esse sol se decompondo em todos os tons e sobretons do mundo? O que rege as pequenas maravilhas que acontecem no céu? Será a física?  Serão deuses pintores, pincelando as nuvens com poesia? Serão os astros, a posição das estrelas no resto do universo?
JOAQUIM - É mesmo... por que temos hoje este desfilar exuberante para assistir e ontem o sol se pôs em silêncio, como se ele - ele mesmo! - estivesse triste? Isto é intrigante...
LORENA - Certa vez me disseram que esse tipo de movimento natural atípico é resultado de um grande amor que acaba de nascer. Ou seja, ao nascer, o amor promover vida até nas nuvens, inspira até o sol, e então presenciamos um fim de tarde como o de hoje. Portanto, se agora estamos vivendo essa magia, é porque há pouco, em algum lugar próximo daqui, acabou de nascer um novo grande amor. O que você acha, Quim?

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