terça-feira, 20 de julho de 2010

Da insônia

Essas horas silenciosas!
Ah, como é difícil lidar com a própria demência!
Não saio da cama: reviro-me por dentro
As sombras dançam balé com as minhas memórias
durante as noites sem estrela nem sonho.
O mancebo repentinamente tomou tua silhueta
e acreditei que você vinha me ninar!
Há uma luz que pisca e um relógio intermitente
Quero desligar o mundo da tomada!
Do outro lado, o seu piano toca suave melodia
E minha alma pagã quer dançar o ritual do seu som
agitando o meu corpo...
Ó, alma minha, me traíste novamente!
Esqueceste que só poderá dançar sobre o piano
enquanto eu estiver a sonhar com isso?

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