quinta-feira, 1 de julho de 2010

Do Mar, da Grande Nau sem rumo

Viver é, para sempre, a Grande Navegação.
Nasci dentro da nau, sem ser comandante.
E desde então tenho lavado o convés
e remado contra o vento...

Mas toda noite me deito no chão do barco
e sonho, olhando para as estrelas,
com o dia em que chegarei nas suas terras exóticas
para conhecer teu povo, tua família...
Eu sonho com os horizontes do dia seguinte
apenas para esquecer
Do corriqueiro risco de um naufrágio
das tormentas, tempestades que,
em alto-Mar, são tão terríveis...

Para esquecer dos monstros
que por tantas vezes perturbam minha paz
como quem lembra aos que festejam:
não tirem de vista que a vida é triste!

O Mar é pouco para os meus sonhos,
mas eu sou tão pouco para o Mar...

Nenhum comentário: