quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Silêncios seguidos de palavras constrangidas

Crave tuas unhas na minha pele, eu não vou gritar de dor. Enterre nas minhas entranhas os teus pecados, eu vou lavá-los com as mãos em brasa, junto com as cortinas e o meu corpo cru. A carne perde-se eu não caibo no espaço que me foi designado; eu não caibo dentro de você e nem você dentro de mim e é por isso que eu aprendi a urrar como um bicho que sente dor e espanta os que se aproximam. Mas de você não. Para você o meu corpo pode ser a tábua onde enterras os pregos da tua raiva. Para você eu abro mão de mim.

Nenhum comentário: