quarta-feira, 30 de novembro de 2011

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A morte me assusta. Ela é como uma sombra, uma coisa amorfa a qual optamos por ignorar até que ela se levanta e cobre nossas vidas com ausência. A morte é como o vento farfalhando as folhas no quinta - e de repente torna-se tempestade, escancara as janelas e arreganha os dentre numa trovoada. A morte me ronda e puxa os meus pés durante a noite. A morte do outro me aterroriza mais do que a minha própria - me faz questionar o silêncio, as opções que fiz, os meus "e se's". A morte do próximo me faz temer estar sendo insuficiente, porque eu sou insuficiente.

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