segunda-feira, 27 de julho de 2009

Nada se move. Aqui, nada muda, o silêncio reina. Como se vivesse num filme mudo, em preto e branco, sou um ser estagnado. Olhar pela janela e esperar. Quem sabe o mundo possa acontecer do lado de fora e eu, apenas uma ouvinte, sinta que vivi tanto quanto quem estava do outro lado?
Mas, depois de tanto tempo esperando pela vida, resolvo que, agora, preciso de uma revolução! Preciso que algo mude, e como o mundo não fará nada por mim, resolvo por mim mesma que não vou ficar parada, e seja lá o que for, eu tenho que mudar. Anseio levantar-me da cadeira em que o vento me prendeu: sinto amarras. Estou presa ao meu próprio tédio. Então, descubro que a revolução da qual preciso não é nada mais do que conseguir me livrar dessas correntes na cadeirae, independente do que venha depois, tenho que me livrar dos meus nadismos. Começo a me debater e, quanto mais tento fugir, mais presa me sinto. Me desespero e começo a chorar, implorando por uma mão que me puxe para a superfície novamente.
Ninguém aparece.

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