segunda-feira, 29 de junho de 2009

Desabafo

Tinha criado expectativas para o dia em que te encontrasse... Afinal, estaria revendo um grande amigo, e mais que isso, um amor que eu senti - e não foi de mentira! -, os olhos que em tantas poesias cantei, as mãos que abraçava como a um anjo, uma boca que de fato beijei, ver a ti seria reencontrar um passado que insistia em guardar sempre perto de mim.
Então, te ver, apenas mais um abraço e "vou dar uma voltinha", meu amigo já estava longe. E não é curioso perceber que eu nem o queria mais por perto?
Agora, meu querido, agora você faz parte do meu passado, e é melhor que não saia de lá, pois assim manterá sua posição imponente nas minhas lembranças: assim, - agora que a paixão por ti acabou -eu não o acharei ridículo, nem a mim, por ter te amado tanto e por tanto tempo. Agora, você tem gosto de caixa de música escondida no fundo do armário: uma música que nem é tão alegre, e eu nem faço tanta questão de ouvir.

3 comentários:

Gustavo Faria disse...

Sem palavras Júlia =)

Eduardo Espíndola disse...

é por isso que o melhor em casos como esses é nunca encontrá-lo de novo.

Graziela C. Drago K. Zeligara disse...

ou talvez encontrá-lo, afinal, a música também não é triste.
Só se torna quando repetida, e repetida...Quando já não se quer mais ouvi-la.