sábado, 9 de janeiro de 2010

Cartas Provisórias

Querido,

não sei por que lhe escrevo hoje. Não tenho muito a dizer. As cartas que se seguem não passam de meros rabiscos, traços da minha personalidade que eu rascunhei em papel manteiga e acabaram por escorregar entre meus dedos, antes que eu pudesse decorá-los. Perceba que não estou necessariamente falando com você, mas seja lá o que eu disser, é claro que  te inclui, como sempre. Não preciso que você leia. Eu não sou você.

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minhas são cartas provisórias porque elas não carregam nenhuma verdade que valha o resto de uma vida. Sou da opinião de que todas as cartas são provisórias, uma vez que as verdades costumam mudar durante o tempo. As palavras não são suficientes para eternizar uma verdade: apenas no papel. Dentro de mim, muda tudo, muda o tempo todo.

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não queria lhe perguntar isso agora, mas não consigo evitar: o que é o amor?

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Eu acredito que nunca vou poder responder a essa pergunta. Acredito apenas que amar é algo que vale a pena. Independente de quais as circunstâncias, experiências e finais, vale a pena.

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e daí que ela gosta de garotas? Que ela ame sem moderação suas garotas, que viva por elas, e que ninguém abra a boca para dizer qualquer coisa pejorativa, que ninguém se meta em seu amor, que não tem amarras.

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eu não sei se sei amar. Mas amo.

Um comentário:

Carolina de Castro disse...

Estou apaixonada por esse post seu.
Que graça com as palavras.
Qta alegria e graça.