domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ao vendedor de flores que quis ensinar seus filhos a escolher os seus amores

Podemos escolher as flores, encará-las todas numa enorme floricultura e pegar apenas as mais bonitas ou as que provavelmente durarão mais tempo. Podemos escolher entre as infinitas cores guardadas em cada pétala. Tirar do bolso uma lupa e examinar, em detalhes, rosa por rosa, gerânio por gerânio, margarida ou girassol, ou qualquer outra. Podemos, finalmente, optar por não ficar com nenhuma, se a conclusão for de que nada vale a pena.

Agora, moço, o amor a gente não escolhe. Não dá pra decidir a quem ou como amar, dependendo da conveniência, do humor, não dá. Moço, amor a gente ama e pronto. Não tente ensinar ninguém a amar, porque você vai falhar. Entendo que queira proteger seus filhos da dor, mas ela vai vir em algum momento, odeio dizer isso, mas você vai falhar.

5 comentários:

Flávia Ruas disse...

Mas se não fosse assim, talvez não teria graça. Talvez o amor não fosse tão bom assim quando nós acertamos nele, talvez o amor fosse tão simples que nem amor seria.
beijo

Anônimo disse...

e se o amor fosse escolhido com lupa e tudo mais, e não sofrido e sentido, seria como uma flor: bonito, agradável, mas degradável, finito. e ai eu te pegunto: qual livro seria grande o suficiente para guardar se quer uma pétala deste gigante?

muito belas suas palavras :)

Graziela C. Drago K. Zeligara disse...

"Entendo que queira proteger seus filhos da dor, mas ela vai vir em algum momento, odeio dizer isso, mas você vai falhar. "
PERFEITO!
TE AMO LINDA

PS:MUCHO BUENO EL GARFIELD

Gustavo Faria disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Gustavo Faria disse...

Seu texto já tá no meu orkut, você querendo ou não...

=)