quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Querido,

hoje, andando na rua, pensei ter te visto. Eu fiquei ali olhando à espera do teu olhar, mas seus olhos em nenhum momento se desgrudaram do chão. Você passou por mim empurrando o chão e foi embora. Tive um impulso de correr atrás de você e te abraçar, do mesmo jeito que eu fazia, você se lembra? Mas eu percebi que hoje as coisas são tão diferentes...
Voltei para casa atordoada. Será que o amor sobrevive tanto tempo? Já fazem anos desde que tive você, mas hoje, ao te ver, me senti exatamente como da primeira vez, naquele dia no nosso banco. Meu coração não quis desacelerar até agora, como que me forçando a te escrever. Será que ele adormece, mas jamais morre? Não pense que eu estive sozinha ou sem amor por todos esses anos, eu amei, conheci novas pessoas, como todos no mundo seguem em frente. Mas te ver... Ora, e eu nem tenho certeza que era você! Talvez fosse outra pessoa que me despertou você! Talvez o meu coração estivesse só procurando um novo apoio, ou uma desculpa inventada para te escrever novamente...
As vezes eu sinto medo de que o amor possa ser, de fato, eterno. Você pensa nessas coisas?
Você, nesses últimos anos, chegou a pensar em mim pelo menos alguma vez?
Para você foi tão grande quanto para mim?

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