quinta-feira, 10 de abril de 2014

Por todas as coisas que não no permitimos sentir. Por todo esse amor que eu já ceifo antes mesmo de nascer: por mim ou outrem. Por toda música ainda a ser composta mas eu não falo essa língua. Por todos os sons, todos os sonhos que não pude sonhar; por essa indescritível solidão que me acossa quando escuto o violino do vizinho. Por toda mágoa e todo desejo cravado no fundo da garganta, calo-me no mais violento dos silêncios e sigo, inviolável.

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