âmago do dia, cinza,
floricultura fechada
fachadas desbotadas
parábola triste de fim de dia.
No futuro, encontrarão a primeira
voraz vera
cujas flores enfeitarão a calçada
e os fragmentos do passado.
Na verdade, verão o retorno veríssimo
da vida.
Verão: no futuro, vocês verão
Ver de verde o veraneio
do sol a verter seus raios
sob todos os ângulos, virtuais ou não.
No futuro, um out(r)o-ano
cheio de folhas já escritas
com poemas já declamados
jogados no chão,
o chão de outono que é a
passarela do esquecimento.
2 comentários:
eu prefiro o layout de bichinho.
Que bela surpresa Munhoz...
adoro jogo de palavras... camadas superpostas de intenções e sentidos rodopiam em nossa mente diante de poemas assim...
ficarei para mais uma xícara de café.
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