segunda-feira, 7 de junho de 2010

Do medo, da grande tristeza do mundo

A minha tristeza não é minha.
A minha tristeza é toda a tristeza do mundo.
A minha tristeza é
o medo da morte,
de existir, apenas, sem viver o suficiente,
de sentir dor, de todas as dores que existem.
De acomodar na incompletude, quando não se pode ser incompleto
de acomodar o tempo todo e continuar
com fome, no vazio, com preguiça de ir buscar o cobertor
sem amparo, sem aparar as sobras.
A minha tristeza é quando sou incapaz de olhar nos olhos
e assumir que está errado, que preciso mudar,
assumir que morreu e eu continuo viva,
assumir que estou me escondendo...

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