domingo, 8 de março de 2009

Querido Felipe,

... mas é claro que eu não esperava voltar para casa me sentindo desse jeito! Cheguei lá com meu coração na boca da esperança de te ver e você talvez descobrir que me ama!
Mas... te ver? Não sei o que eu queria, mas senti antipatia. Afinal, quem é esse cara que vive só de contar vantagem, com seu ego inflado lá na orelha? Quem é você para falar desse jeito comigo? Como é que eu me deixei deitar nas suas mãos? Permiti que você estivesse no poder e você se divertiu até não ter mais como.
Não posso dizer que PASSOU e eu não te amo mais. Caramba, você foi importante: essencial. Mas talvez eu tenha mudado. Mudado muito, e você não estava lá. Meu Deus, o que eu sinto por você não é pequeno. Vai além de mim. Mas hoje eu descobri que é errado me dar tanto sem ter absolutamente nada em troca. Não queria que você necessariamente me amasse, apenas que me respeitasse sem jogar comigo.
Sabe, talvez tenhamos que aceitar que nos degradamos e provavelmente nossa confusa relação esteja começando a se decompor, mas eu não quero jogá-la no formol. Somos fracos, não somos? Eu sei e assumo.
Agora, não posso dizer quão efêmeras são essas minhas sensações de hoje. Quantas vezes não me decidi que não queria mais nos levar e você, lá de longe, percebeu e deu um jeito de se assegurar de que a idiota aqui continuasse completamente algemada? Inúmeras. Pode ser que essa seja só mais uma dessas, mas pode ser que agora eu queira agir de outro modo: não quero mais oscilar entre expectativa e decepção.
Meu amor não agüenta apanhar tanto. Hoje eu percebi que preciso de mudanças.

3 comentários:

Graziela C. Drago K. Zeligara disse...

muito significativo esse "prosa".
Afinal será uma nova fase!
Eu espero demais a hora em que eu vou poder falar a mesma coisa que você.
Mas acho que é até bom, tudo isso..
os vetores do amoor..
SAHSUAS
te amo lindona
=*

Anônimo disse...

"Meu amor não agüenta apanhar tanto." amei isso. o texto todo, mas principalmente isso.

e quanto ao "Bia", não teve motivo nenhum não, coincidência mesmo, shausahsua. e que bom que você gosta, eu gosto de chamar as pessaos de Bia (vai entender --') :D

Salve Jorge disse...

Felipe
Por mais que o peito palpite
E meu olhar não despiste
Cancei do alpiste
E resolvi ir-me com meu jipe
Sair da gaiola
Ser livre passarinho
Cuidar d meu caminho
Mesmo com esse amor que assola
A vida é assim
Vai por mim
Que a gente rebola
E segue em frente...