quarta-feira, 18 de março de 2009

Ao enluarar
varei-me em lobo
que vareja um grito
e, no atacado, distribui seus olhares.
Corro, corro enlouquecida
em busca de retribuimento qualquer
e nas viagens, em silêncio,
me escondo rapidamente quando
assim, por acaso,
qualquer presságio de mal
me procura nos vãos

E em vão quase me encontra:
tangencia, e eu uivo
quem me encontra não vê
apenas sente, pois então sou desmembrado farrapo
Mas me levanto e desprendo do medo
posso escolher me manter estática,
ou seguir atrás o mundo que me falta
E, ingênua, escolho continuar me procurando
nas margens dos lagos, do nosso desatino,
ou nos olhos de outro enluarado.

Um comentário:

Graziela C. Drago K. Zeligara disse...

JÚLIA
POETISA!
JÚLIA
POETISA!
MELDELS!
MELDELS!
ISSO TÁ ÓTIMO,
ISSO TÁ ÓTIMO,
AMEI
AMEI

ps:merece até elogio duplo!
lindo mulher,perfeito!
um beijoo
te amo!