segunda-feira, 2 de maio de 2011

Resolvi me desfazer de tudo o que não me faz bem e não pense que é uma metáfora, porque não é. Minto, é claro que é uma metáfora: nem tudo é livrável ou quem sabe pessoas não possam ser jogadas fora e nem é o meu propósito. Abrirei uma lata de lixo e lá dentro cartas meias livros bodes expiatórios 'e se's 'por enquanto's esperas esperas esperanças vagas tudo em vão fruta estragada música triste tudo que entulha entulha entulha e a gente pensa 'mas o que é que eu vou fazer com isso?' e se for uma pessoa não te atirarei no moedor de papel porque pessoas não são papel pessoas têm alma pessoas têm cor e luz. Mas não vou te segurar do meu lado como quem força o amor, vou te soltar de mim porque nenhum vício faz bem e então vou querer saber o que é que tem de tão surpreendente no futuro e quem sabe não seja nada e eu não vou me entristecer, vou te transformar em samba e luz... E olhar pra frente, sambando, sambando...

Um comentário:

Gustavo Faria disse...

Absurdo de bom esse Texto Júlia, um absurdo.