quinta-feira, 4 de março de 2010

Ermo.
Meu coração em ruínas...
Quieto.
(Morto)

Mas você, como um arqueólogo,
trouxe teus instrumentos e com carinho
(com o carinho de quem encontra uma civilização)
retirando o pó, a cal,
retirando as células-tronco do amor, mortas
Retirando os fósseis submersos
limpando os átrios, as árias,
Você com cuidado
me descobrindo inteira
E eu descobrindo
que, apesar de tudo,
Apesar do pó,
apesar da guerra
que dizimou a população,
apesar de mim...

Meu coração ainda bate
(você desobstruiu a passagem)

Um comentário:

Bárbara Soares disse...

que jeito mais doce de se descrever uma paixão. Parabéns! Vou te adicionar nos links. :)