terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mas vós, por favor,
não riam de mim:
depois das minhas metáforas, sinestesias, metonímias,
o eufemismo nas minhas lágrimas
e o bom humor com que emprego
as dores do meu parto, a partitura íngreme do meu timbre
Depois das minhas máscaras
que cuidadosamente construí, moldando-me às necessidades do riso
Se procurares bem, com os olhos críticos
dos magistrados literatos sozinhos
sou apenas
um só,
apenas um poema triste...

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