domingo, 20 de maio de 2012

Pai,

continuo tendo medo do escuro e essa noite quis levar o colchonete para a beirada da sua cama e dormir aninhada pelo som da tua respiração. Continuo tendo medo do escuro e do silêncio. E por isso distribuo palavras pelo ar, como malabares, e caio apenas em cimas dos colchões.
No fundo eu não mudei tanto assim...

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