domingo, 20 de maio de 2012

Me permito ser assombrada pelos meus fantasmas

Quando descobri que ao me debater-resfolegar-choramingar todos os olhos da noite se viram para mim, eu permiti e deixei que meu corpo descansasse sobre a sombra. Qualquer sombra. Tuas mãos são duras, mas mesmo assim tentam me acariciar... desta vez não vou ter medo. "Aí vindes outra vez,"! Talvez ao contrário: se meus braços se esticarem na sua direção, tentando alcançar o seu corpo; talvez se eu te convidar para dançar, da treva fiat lux? Por quê fugir do que sou - e o que mais eu sou, o que mais no universo eu poderia ser?, além de um corpo delineado pela própria ausência?
Mais um solilóquio.

"Aí vindes outra vez, inquietas sombras!"

Nenhum comentário: