segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Querido,

estou te ligando para te contar que o amor morre sim, viu, que sem cuidado a grama cresce até além do joelho e não se pode mais caminhar. Eu queria, queria que você soubesse que aos poucos a lembrança tua se torna erva daninha e eu sou forçada a te arrancar, assim pela raiz, sem muita dó - pois que mesmo sendo uma coisa ainda um pouco viva, atrapalha a beleza do meu jardim. Nem um interesse no meio da tarde, o amor vai definhando, assim, numa cama de UTI, sozinho no horário de visita: pra quê lutar pela sobrevivência se não lhe é relevante? Era só isso que eu queria, te lembrar de novo e de novo, para não ser uma surpresa quando o meu amor por você estiver sepultado - mas aqui não cresciam flores?

Um comentário:

Dayane Carmona Poeta disse...

Se não são regadas depois de um tempo as flores secam, poe-se a morrer. Infelizmente ou felizmente. Até as coisas ruins podem nos fazer bem.