segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

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Dizem que, ao chegarmos no fim do topo do mundo, revemos nossa vida em flashes saudosistas com ou sem lágrima no olho, para depois nos lançarmos ao infinito... esperando que cogumelos nasçam no silêncio da esperança.Dizem que antes da chuva, o que se sente é uma grande paz... Dizem que quando uma estrela morre, tudo o que se pode ver é um grande silêncio (o mesmo ocorre na morte de uma grande amizade: ainda enxergo o som das lembranças, mas o volume aos poucos diminui). Quero voltar. Dizem que, enfrentando o futuro, sentimos uma coragem extra-humana para abrir a porta e seguir.  Não quero deixar coisas por resolver guardadas no meu passado. Dizem que a memória apaga o que não valeu a pena. Não quero te esquecer. Dizem que todo fim é um novo começo. Me disseram que eu fui precipitada. Algo me diz que estou fazendo as escolhas erradas. Dizem que quando faltam alternativas, o melhor é apenas continuar. Quero voltar. Quero pedir desculpas, mas não posso me humilhar: eu estou magoada. Eu quero ver o nascimento de um cogumelo... Eu quero as alegorias, quero me jogar ao infinito. Mas larguei um infinito para depois e agora sinto tanta saudade. Dizem que tudo passa, mas não sei se quero que passe.

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