quinta-feira, 1 de abril de 2010

Hoje acordei inspirada: 'vou escrever poesia!' pensei, 'vou escrever a minha mais bela poesia, derrubar os alicerces da minha própria escrita. Hoje vou falar sobre coisas novas, utilizar uma nova linguagem, me revolucionar!'
De lápis em punho e o papel branco, senti o arrepio do que estaria por vir: o papel agora branco preenchido por lindas palavras que eu inventei. Então me permiti ir escrevendo, escrevendo, por horas, horas, descrevendo a paisagem da minha imaginação, explicando a geografia do meu mundo, pincelando meus conceitos de amor, música, filosofia, teatro, horas, horas e horas.
Terminei (não sei se por cansaço ou por esgotamento de tema). Me senti como um grande artista deve se sentir após terminar sua obra prima: não consegui olhar para o papel. Então, com o cuidado de quem abre pela primeira vez um livro que sempre desejou ler, foquei minha letra rabiscada.
me havia traído mais outra vez.
Era:

seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nomeseu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nomeseu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nomeseu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nomeseu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nomeseu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome seu nome (...)

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