domingo, 8 de novembro de 2009

Primeiro sinal.
Segundo sinal.
Terceiro sinal.

Agora acendam-se as luzes da ribalta!
Primeiro ato,
o primeiro passo em cima do palco,
a primeira palavra que ainda não fez sentido.
O que encenaremos agora?
Podemos contar uma linda história de amor!
Ou uma trágica história de amor...
Talvez uma história daquelas que têm gosto de fim de tarde,
um amor com gosto de fim de tarde.

Segundo ato,
se já sabemos qual é a nossa história
se é que é uma história:
talvez seja apenas amor
puro, descrito em rubricas
se já sabemos disso tudo, contemos ao público:
eles esperam com alguma ansiedade pelo desenrolar
que as línguas e as mãos desembrulhem, com cuidado,
o fio condutor
Quando será o clímax?
Será que nós nos emocionaremos?
Será que nós seremos envolvidos pela luz?

Terceiro ato.
Agora nos perderemos entre as sensações
se já dissemos a que viemos,
já fizemos essa história acontecer
já vimos o amor ser encenado
- pois qualquer peça é amor sendo encenado -
agora a ribalta há de se apagar novamente
e a plateia há de ir embora
agora hão de limpar o palco
pegar os destroços
levá-los embora

O amor que esteve em cima do palco ainda está lá.

Um comentário:

Juh... disse...

tão encantador.
como os belo atos.
como os grandes amores.
Lindo.