segunda-feira, 21 de março de 2011

Então será que são esses os tais fantasmas dos quais as pessoas tanto falam? No escuro, no quase-sono (o momento fugaz em que assistimos a consciência - ou a sanidade? - nos abandonar) do travesseiro com cheiro de ausência, tantos fantasmas desfiando tantos relevos da alma...
Um passado irrecuperável: uma voz que canta, o piano tocando, o silêncio seguro de uma grande amizade. Um presente imensurável, absurdo, revolucionário. Um presente grandioso, espetacular! - mas incompleto... Quem sabe... infeliz... E o futuro... Ah, o futuro! Tantas promessas, a melhora, o costume, o assentamento. O futuro amplo, tão amplo que, a perder de vista, tudo o que se vê é insegurança. Os fantasmas do Chronos bailando sobre minha cabeça, que gira: piano abraço pessoas mais bom balé corpo antes porto tanto dual gente eu lugar experiência medo medo medo medo (...)


(acendo a luzinha na tomada)

Um comentário:

Anônimo disse...

Caralho, menina.

Teus textos guardam tanta coisa na estrutura profunda deles que eu continuo lendo-os aqui dentro, ao acabar a leitura.

E eu gosto disso. Você encanta porque nos deixa a percorrer tanta coisa.

Um beijo.