quinta-feira, 9 de abril de 2009

Querida Rita,

quando você disse que, enfim, esse seria o fim, eu concluí que muito provavelmente o meu fim também estaria chegando. Afinal, como eu seguiria escrevendo cartas se quem me ensinou a escrever cartas não manda mais nenhuma? E como eu poderia sequer pensar em falar sobre passarinhos se os seus passarinhos agora são calados, e a música, e os arrepios, e talvez a minha timidez, ou a sua, tudo assim, perdido dentro de um site abandonado? Eu sei que você nem sabe da minha existência, mas eu odeio a idéia de não ter uma heroína a quem recorrer quando eu não tivesse sobre o que escrever, ou sobre o que pensar, ou sobre o que dialogar comigo. E você, Rita, pra mim você é uma das maiores, uma das melhores, e o mais incrível é que nós dividimos as mesmas tardes, você em algum lugar aqui perto, olhando pro céu e pensando as coisas mais lindas, pensando as poesias que, então, alegram as minhas tardes, dispostas no horário de servir no seu blogue de notícias estarrecedoras. Rita, por favor, termine logo o seu livro pra que eu também te carregue dentro da bolsa, e então volte ao blogue e me dê sempre notícias boas sobre passarinhos.




(à espera do livro de Rita Apoena, mas conheçam o blogue mais mágico de toda a internet: http://ritaapoena.zip.net/index.html)

2 comentários:

Graziela C. Drago K. Zeligara disse...

viu como não é só um assunto esse blogue da menina linda?
=D

Meire disse...

Adoro a Rita! *.*