segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O ar da existência

Há, então, o medo da ausência. O medo do não-estar. O medo de não estar. Há, por enquanto, um ar etéreo que é o ar que existe entre muitos tantos solavancos. Há a saudade, a saudade e um aperto e uma falta de ar dessa certeza, e há uma certeza, há sempre uma certeza triste. Na verdade, há uma coragem. Há na vida um quê de coragem, um gesto de coragem: o amor. E no fim de uma história, ou depois do fim, o medo? O medo passa. Os solavancos se esquecem. A saudade não vai embora, mas se dispersa. Acomoda. Mas e o espaço, aquele deixado antes do fim da história? O amor ocupa. O amor ocupa e cura os machucados, a dor. Ocupa o silêncio, as lágrimas e o vazio. Se existe algo mais belo do que o amor, isso está guardado para depois. Enquanto não chegamos ao fim (ou depois do fim) dessa história, o apoio está na coragem, essa força que existe e quase nunca encontra uma brecha para aparecer. Se há algo mais belo do que a coragem no amor, isso está guardado para bem depois.

2 comentários:

Juh... disse...

Ah brigada pelo elogio
e pela visita por la
aki ta lindo como sempre
beijos!

Graziela C. Drago K. Zeligara disse...

A coragem em amar e a coragem que está no próprio amor.

o amor ocupa o vazio..
falou tudo !!

adorei!
ps:delicado é uma palavra realmente cativante!
te amo!