segunda-feira, 16 de junho de 2014

deixe-me morrer as minhas mágoas de amor
deixe-me matar este silêncio impenetrável da noite
deixe-me tecer com mãos de artesã este manto que é também mortalha
deixe-me procurar; deixe-me procurando no escuro
deixe-me exorcizar esta esperança ancestral

deixe-me, apenas deixe-me arrancando meus cabelos e tateando o breu de mimesma porque eu ainda tento e enquanto tentar preciso sangrar essas feridas antigas e preciso que

deixe-me

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