quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Do

Nem por cima
nem de baixo:
quero encarar a vida de frente!
Olho no olho, eu e o mundo
dar a cara a tapa
E se doer,
olho no olho, eu e a raiva
E se chorar,
olhe nos meus olhos
eu e as lágrimas!

Mas não sou deus
e não sou rato!
Eu sou a mulher
que não quer sentir medo
de olhar na alma do mundo
espiar o fundo do âmago
cutucar a minha própria ferida
Sentir dor e acariciar o corte
e sarar o corte e esquecer da dor
- lembrar apenas da carícia e da cura.
Eu sou a mulher
feita de palavra, papel, saliva
feita de olhos que
de curiosos
matam e morrem, mas olham
de igual pra igual
(eu e o mundo)

Nenhum comentário: